Juazeiro entrou para o mapa da ciência de vanguarda. Tornou-se o primeiro lugar das Américas a libertar na natureza - de forma controlada, é bom frisar - mosquitos geneticamente modificados para combater a dengue. Um exército de transgênicos alados lançou voo nos testes para controlar a doença. Mal sem vacina ou tratamento que ataca milhares de pessoas no Brasil e no mundo todo ano, o controle das epidemias é feito combatendo seu vetor, o Aedes aegypti. Assim, a princípio a ideia de soltar ainda mais insetos nas áreas afetadas pode parecer estranha. O detalhe, porém, é que não são mosquitos quaisquer. Geneticamente modificados, eles nascem com uma disfunção metabólica e, ao cruzarem com as fêmeas selvagens, transmitem o defeito para a prole, fazendo com que morram ainda na fase de larva. Como consequência, a quantidade de mosquitos cai drasticamente, o que espera-se que seja acompanhado por uma redução no número de novos casos.
